A ASAE é o mais recente e ilustre membro do rico anedotário português. Raro já se torna o dia em que não ouvimos alguém mandar a piadola do género " ...tem cuidado, olha que se a ASAE ai aparece...". Esta dita Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica veio, de facto, mudar a vida portuguesa. O seu comportamento duro e mediatizado, quiçá importado do modelo americano do FDA mexeu com os nossos brandos costumes. Mas sejamos francos e analisemos os factos: Golpes mediáticos à parte, temos talvez pela primeira vez na nossa história democrática uma entidade fiscalizadora capaz de fazer algum combate à contrafacção e à economia subterrânea, criando condições para garantir uma justa concorrência, ao fazer com que toda a gente cumpra as regras do jogo.
Depois vem o folclore, e a revolta de todos porque vem a ASAE e já não se pode usar colher de pau. Vem a ASAE e já não se podem usar os tradicionais galheteiros. Vem a ASAE e já não se pode matar o porco. Quanto a isso, a culpa como costuma dizer o mais famoso fumador de cigarrilhas deste pais, não é do fiscalizador, que se limita a observar o cumprimento das normas legais, mas sim do legislador, o qual é em grande parte destes casos comunitário. Quer dizer, quem nos anda a estragar a cabidela e as papas de sarrabulho é bruxelas e não a ASAE.Menos mal que "A União respeita a riqueza da sua diversidade cultural e linguística e vela pela salvaguarda e pelo desenvolvimento do património cultural europeu." Talvez graças a isso lá vamos tendo uma excepção ou outra para o autoconsumo...Como diz um que eu cá conheço "cócózinhos da cidade!"
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
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