terça-feira, 25 de março de 2008

Sucubus

Não consigo afastar-te da ideia, os teus pés descalços e eu escalando as tuas pernas entreabertas. Merda! O álcool puro deste whisky demasiado cliché não lava das minhas narinas o cheiro da tua cona ardente. Minha mãe não me pariu para isto. Só. Incomensuravelmente abandonado no vazio desta cidade apátrida. Fugi de ti, fugi de tudo, mas a única coisa da qual queria fugir, e não consigo, é de mim. As tuas mamas. Redondas, cheias, pungentes. O meu único desejo agora seria aninhar-me nelas. Mas não posso. Não mais poderei. Sempre te quis e essa é a razão pela qual não te posso ter. Triste lamento, triste imagem de homem. Se pudesse recomeçar a vida do principio matar-te-ia ainda no berço para não cresceres, para não chegares a ser mulher e nunca me chegares a levar à loucura em que me encontro.
Fui em tempos feliz, já não sei quando, mas antes, muito antes de te encontrar. Tenho essa vaga recordação de dias tranquilos, mas não tenho já a certeza se por certo existiram, ou se são apenas um truque da minha mente, essa perversa e caprichosa criatura. Reais ou imaginários pouco importa. São distantes e irrepetiveis. O resto dos meus dias será assim, uma fuga constante de mim e da memória de ti, sempre errando de terra em terra, sempre à espera do fim.
Que tetas maravilhosas tu tinhas...merda!

1 comentário:

mordentE disse...

Que tal uma punheta para voltar tudo à normalidade?